por Narrador 30/6/2014, 05:04
Enquanto Cecille testava sua varinha, um novo cliente adentrou na porta. Milo ficou pensativo, sobre qual nova varinha deveria levar as mãos da jovem, ao mesmo tempo em que já começou a avaliar o perfil do novo cliente. Sempre sem perder a simpatia e visando entregar a melhora varinha para cada Bruxa.
- Uma pena que essa não tenha dado certa, mas não desanimemos, tenho outras varinhas igualmente poderosas. – Disse o fabricante para a jovem bruxa, mas já se preparando e ouvindo a apresentação do novo cliente.
Pelo sotaque, um latino, talvez chileno...
- Vejo que temos um Hermano! Seja bem vindo! – Exclamou o vendedor com um sorriso caloroso. – Fico honrado em saber que nossos irmãos continentais estão deixando as velhas rixas tribais de lado e agora não compram mais exclusivamente suas varinhas no El Caleuche. Posso saber o nome de quem quebrou essa velha tradição?
Naquele momento, teve uma ideia. Tanto Cecille, que tinha traços latinos, talvez italianos, como o novo cliente, pareciam ter uma força e um calor típico do povo erradicado na américa do sul. Lembrou-se de um par de varinhas que tinha feito juntamente com seu neto, um garoto arteiro, mas muito dedicado. Essa varinhas tinham sido feitas enquanto tentava ensinar ao pequeno Nito Portgas como dar continuidade ao negocio que com tanto zelo sua família vinha cuidando. Então, enquanto ouvia a resposta do jovem, se virou levemente para pegar as varinhas, que estavam no balcão lateral. Eram as únicas de uma prateleira, prateleira qual Portgas separara cuidadosamente para colocar os futuros produtos feitos pelos seus netos, mas que até agora, ainda tinham apenas aqueles dois exemplares, muito poderosos, mas muito instáveis e ariscos, seriam eles seus donos?
Voltando a ficar de fronte com os clientes, ele ofereceu, primeiro a Cecile, a primeira varinha que Nito fabricara.
- Veja essa modelo Cecille. – Disse o senhor logo após abrir a caixa e estender a varinha para a garota. – Cambará, 26 centímetros, com pele de Dugbog. Uma varinha dura e de difícil manuseio, mas de grande potencial.
Depois de oferecer a primeira varinha, abriu a segunda caixa e se virou ao outro cliente.
- Nicolás, fico feliz que tenha vindo a minha loja, mas gostaria de saber por que veio aqui, e não no El Caleuche. Algum motivo em especial?
Enquanto fazia a pergunta, oferecia a outra varinha ao jovem.
- Essa varinha é um ótimo exemplar de potencia e qualidade. Pinus, 25 centímetros, com pó de chifre de Erumpente. Instável, mas poderosa.
Nesse momento, ele parou para observar os efeitos do trabalho em conjunto com seu neto. Nunca tinha oferecido as varinhas a ninguém, mas tinha certeza que elas tinha qualidade suficiente para serem manuseadas por bruxos competentes.