Arquibancadas

As arquibancadas do campo de quadribol de Edoras. Feitas de madeira e em uma altura adequada para que seja possível observar o jogo. É aqui que os espectadores se posicionam durante os jogos entre as casas.

Voar voar, subir subir ir por onde for... descer até o céu cair ou mudar de cor. Essa era o que fazia Leo feliz. Com cincos anos ganhara sua primeira vassoura, uma Oakshaft 79 que fora de seu tio-avô Rodrigo Terra. Pelo uso, desgaste e por ser extremamente pesada, Leo nunca conseguira voar grandes distancias com ela, mas tinha começado a adquirir um amor profundo por voar e, consequentemente, pelo quadribol.

Conhecia pouco da seleção brasileira, mas se espantou com a qualidade dos mesmo quando ao chegar ao campo viu o apanhador brasileiro, Tony Silva, executar uma Finta de Wronski. Seu queixo caiu.

Subindo correndo até as arquibancadas para assistir o treino, notou que o apanhador brasileiro não era tão rápido, usava uma Twigger 99, que com toda certeza prejudicava seu desempenho.

- Ual! – Disse espantado coma oportunidade. – Vocês sabiam que eles estariam treinando aqui em Edoras esse ano? Eu sabia que eles iriam jogar a copa do mundo na patagônia, mas não sabia que o time brasileiro era tão bom!

Ainda admirado, não desgrudou os olhos do campo para observar se os amigos o acompanhavam.

- Aquela ali é um Firebolt 4? – Disse apontando para Rafael Santos, que montava o que parecia ser o modelo mais recente de uma das importantes fabricantes de vassouras.

Os garotos tinham aula depois? Sim, tinham, mas isso era a ultima coisa que Leo se lembraria assistindo o treino de quadribol. O time brasileiro parecia ensaiar uma serie de movimentos muito difíceis e, apesar de ainda não estarem praticando perfeitamente, já pareciam começar a dominar.

A cada movimento novo que eles praticavam, Leo complementava para os amigos.

- Essa é a Manobra de Ploy... – Disse sem tirar os olhos do campo – é um movimento dos artilheiros para diminuir as defesas adversárias, colocando um ou mais artilheiro fora da jogada por alguns instantes.... vejam...

Naquele momento Diaz, que estava com a goles, começou a realizar uma infiltração na defesa adversaria, mas se direcionou para longe das balizas.

- O artilheiro com a goles sobe pra de atrair um ou mais adversários a seguí-lo então ele larga ou atira a goles para um artilheiro voando mais baixo, que vai ter um ou dois adversários a menos para se preocupar por um tempo.

Enquanto Leo comentava, Diaz subiu , atraiu dois marcadores para si e passou para Alonso que pulou da vassoura.

- WOW! Um Salto de Dyonisus!!!

O time adversario não pareceu se importar e saiu com a goles novamente, mas logo em seguida o terceiro artilheiro brasileiro, Flores, se aproxima a direita da adversaria que tem a posse da goles, salta para a esquerda (jogando a vassoura para o mesmo lado por baixo do adversário) passando por cima da cabeça rival e ficando com a posse da goles ao cair na vassoura a seguir.


- Roubada de Sabryn!!! CARACA!!!- Os olhos do garoto pareciam surpresos- Que jgoada perfeita! O Brasil vai ir com tudo nessa copa do mundo!

Era cômico ver os meninos super animados conversando sobre os jogadores e olhar para a menina e ver a cara de “Eu não tô entendo nada” que ela fazia. Cecille observava as manobras, eram legais e tal. Mas ela não gostava de quadribol, não entendia nada do que estava acontecendo. Sim, ela sabe que é uma herege nesse ponto.
-Er...Meninos. – Disse baixinho, meio tímida. Não queria atrapalhar aquele momento. Porém, eles tinham aula e não podiam perder mais pontos (pelo menos ela e Leo.) – Vamos voltar? Acho que já está na hora da aula. Não podemos perder pontos, Leo. Depois voltamos.
Cecille sabia que os meninos iam chama-la de chata, mas ela só estava fazendo o “papel” dela. Esperava que a próxima aula fosse um pouco melhor, mais animada. Pois perdeu a conta de quantos pseudos-cochilos ela deu durante a aula de Joe.


off; Depois eu edito.

De fato, Leo não estava prestando muita atenção a nenhuma frase que não fosse relacionada a quadribol. No entanto, algo lhe passou pela cabeça quando Cecille apontou os pontos perdidos por ele.

- Não quero perder mais pontos... – O olhar do garoto mudou de felicidade para tristeza e pela primeira vez saiu do campo.– Qual aula é agora? Sabe onde é? Não podemos ficar só mais 10 minutinhos?