Verdello

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A Magia em todo lugar!


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    Valentine Kampfer
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    Mensagem por Valentine Kampfer 8/1/2019, 19:12

    ~Flash Back ON~


    O felino calmamente subia na cama, desviava das roupas, mas acabava escolhendo se aconchegar em um vestido rosa. Pena que seu sono não demoraria muito, logo sua dona puxava a peça e o fazia levantar. Quase todas as roupas estavam fora do armário e Valentine não sabia o que vestir. O relógio se aproximava da hora marcada e a deixava cada vez mais nervosa.


    -E se eu mandar uma coruja dizendo que não vai dar? Que estou com muita coisa para fazer, um artigo para escrever, roupa para lavar... - dizia enquanto sentava na cama e observava o quarto todo desarrumado. – Bem, não estarei mentindo se dissesse que estou arrumando o quarto! – Ouviu um miado, aceitou como uma resposta. – É eu sei, mas tem tanto tempo que não faço isso. Sei lá, desde antes de vir para a América do sul.

    O bichano se levantou e caminhou mais um pouquinho até a jovem que começou a deslizar a mão por sua pelagem. Mais uns miados, um ronronar.

    - Ok. Você me convenceu. Eu vou. Não sei com que roupa. Mas eu vou.

    ~Flash Back OFFf~


    Observava as pessoas pelo salão enquanto Spencer falava de seu desenvolvimento escolar. Sentia falta de Hogwarts, das comidas gostosas e da biblioteca, de algumas aulas e alguns amigos.


    - Me chama de Valentine. – Respondeu rapidamente, saindo das lembranças e voltando a realidade. – Estou acostumada com todos pelo sobrenome. Algumas pessoas, como você, sinto um pouco de estranhamento, já que agora somos colegas de trabalhos. Eu entendo que é questão de respeito, etc.  – Voltou a abrir o menu, foi direto a carta de vinhos. - Eu não sei qual a especialidade da casa, mas conheço um ótimo vinho. Montes Alpha Cabernet Sauvignon. Dei de presente ao Daidí no Natal passado, é maravilhoso. – Fechou o cardápio e estava prestes a chamar o garçom quando se tocou que não havia perguntado a opinião de Matthew. – Posso? Ou prefere pedir outra coisa?
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    Mensagem por Matthew Spencer 8/1/2019, 22:28

    Matt olhou pro lado para checar a mesa de Bey e Dragunov e ver o que andavam fazendo. Aparentemente ambos estavam comendo e bebendo bastante e pouco preocupados com a presença dele. Bem, mais ou menos, não? Bey talvez não, mas Dragunov parecia observá-los a cada segundo. Rapidamente lembrou-se de quando conheceu cada uma daquelas figuras, mas não perdeu tanto tempo com isso.

    Kämpfer respondeu o que ele imaginava, não gostava muito de ser chamada pelo sobrenome e preferia o primeiro nome. "Justo..." Pensou ele. Chama-la de Kämpfer havia se tornado um hábito desde a época em que era professor e seria um pouco difícil mudar isso, mas, obviamente, ele tentaria pela vontade dela.

    - Desculpe Valentine, era um hábito que eu carregava da época em que era seu professor - disse, tentando esclarecer o motivo - Acho que eu nunca esqueci de você de verdade, tanto que, quando te vi novamente, te chamava da mesma maneira - sorriu de forma boba.

    Valentine também comentou sobre um vinho que havia dado de presente a alguém no Natal anterior. Matt pensou um pouco e imaginou que não teria sugestão melhor para bebida - assim como não tinha para a comida - e resolveu aceitar a proposta da moça.

    - Vá em frente - disse Matt animado.

    Alguns minutos depois da resposta meio que no impulso, ficou pensando quem seria Daidí, mas preferiu não puxar assunto nessa direção. Já havia perdido o bonde da história.

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    Mensagem por Ash Dragunov 8/1/2019, 23:44

    Dragunov estava quase concluindo de que não tiraria mais nada de Bey. O anão estava mais escorregadio do que nunca e, aparentemente, não estava lá com muita vontade de entregar algo naquela noite. O bruxo tinha a necessidade de estar sempre a frente e, certamente, não ia sair satisfeito da discussão. Entretanto, existia sempre o outro lado da moeda, que era Bey não saber de nada.

    De qualquer forma, Bey foi ousado e resolveu virar o jogo, perguntando a Dragunov o que ele teria a contar e o que estava fazendo em Verdello. O bruxo meio que torceu o nariz, mas disse, afinal, Bey havia lhe passado muitas informações interessantes sobre suas viagens no passado e o ajudado com alguns problemas.

    - Digamos que trabalharemos no mesmo lugar novamente - disse tomando um gole da bebida - Quanto ao resto... - entregou uma carta ao anão.

    Dragunov não poderia arriscar e dizer tudo o que sabia, então, como era capaz de confiar em Bey, o entregou aquele papel que estava enfeitiçado e só poderia ser lido quando Bey estivesse sozinho. A carta também se autodestruiria após isso.
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    Mensagem por Marty Bey 9/1/2019, 00:29

    Existem dois tipos de bruxos quando se trata desse tipo de situação.

    Existem os que preferem o barulho, a confusão, um cenário cheio de distração para dificultar o trabalho daqueles que possam vir a estar espionando e tentando ouvir o que não deveria.

    Bey era desse tipo.

    Gostava do barulho, gostava de confundir todos ao seu redor. Sabia lidar bem e trabalhava melhor quando tinha muitas coisas a observar. Usava sua aparência distraída a seu favor nessas situações.

    Bruxos desse tipo são como orcas ou golfinhos, seres aquáticos que parecem bobos, inofensivos, muitas vezes sobem e fazem muita graça. Mas ao mesmo tempo são extremamente inteligentes e capazes de conseguirem o que querem a qualquer momento, principalmente quando sua presa está mais distraída.

    Já Ash era do segundo tipo.

    Um tipo de bruxos que prefere trabalhar nas sombras. São assassinos silenciosos. Planejam detalhadamente seus passos, voando sem deixar rastros.

    Esses, como Dragunov, são como pássaros noturnos, que se movem nas sombras enquanto os outros não veem.

    Por esse motivo as conversas de Ash e Martin, quando caminhavam para assuntos mais sigilosos, sempre acabavam por incomodar um dos dois.

    Hoje, claramente Ash não tinha gostado da inversão de papéis. Afinal, o bruxo nunca havia gostado no passado também.

    Mas o anão não se importava.

    Continuou encarando o interlocutor enquanto ele falava meias-palavras como sempre fazia, passando então o papel pelas as sombras para Bey.

    Podia não utilizar o jeito de Ash trabalhar, mas respeitava seus métodos.


    - O mundo está cheio de coisas óbvias que ninguém jamais observa. - Afirmou o anão pegando o papel sem melindre. - Mas a verdade é que não há inocentes… apenas graus diferentes de responsabilidade.

    Com o papel em mãos, o guardou discretamente, sem que ninguém pudesse observar.

    Em resumo, uma magia sem mágica, uma prestidigitação digna de trouxas realizada pelos dois bruxos para passar a informação de um para o outro.

    Feita a transferência, Bey voltou ao seu modo operante tradicional.


    - Você não estava em Hogwarts apenas para dar aula. - sorriu pegando sua bebida novamente - Uma vez na estrada, sempre na estrada. Uma vez em busca de aventura, sempre na aventura.

    Tomou um longo gole.


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    - Às vezes, a coisa mais difícil de fazer é não fazer nada. Você é assim, eu sou assim, por isso reconheço.

    Limpou a boca com um guardanapo de papel.

    - E o preço é aprender a enxergar o enigma em todas as coisas. Eles estão em todos os lugares e, uma vez que você começa a procurar, é impossível parar. O que acontece é que as pessoas e todos os enganos e desilusões que informam tudo que elas fazem tendem a tornar o enigma mais fascinante. Claro que elas nem sempre gostam de ser vistas assim.

    Ele então se apoiou na mesa.

    - Posso parecer distraído, mas sabe que estou prestando atenção em tudo ao nosso redor. Matt e Valentine? Eles estão aqui por outros motivos, mas apenas pela expressão corporal dos dois fica bem óbvia a atração que ambos sentem… um passando a mão pelos cabelos, o outro brincando inconscientemente com a camisa, ambos quase sem tirar o olhar um do outro na maior parte do tempo…

    Virou a cabeça sutilmente, de forma quase imperceptível.

    - Ou aqueles dois - disse se referindo a uma dupla não muito convidativa - que estão me seguindo a algumas semanas desde que cheguei no Brasil.

    Voltou então a se inclinar para uma postura mais informal e afastada.

    - Bons bruxos sabem que toda tarefa, toda interação, mesmo que pareça banal, tem o potencial de conter multidões. Nisso, eu sou como uma esponja: Absorvo tudo o que ouço, vejo, sinto ou cheiro.

    Abriu os braços e pediu mais uma bebida.

    - Todo dia aprendo uma coisa nova que irá me ajudar no dia seguinte, e até hoje nunca deixei de me surpreender com o que as pessoas fazem umas com as outras. E quando se trata de bruxos, especialmente da ralé, aprendi que se você quer pegar um rato, deve agir como um rato, não como um gato.

    Sem parecer se preocupar muito, completou:

    - Enfim velho amigo, só digo isso para não se preocupar comigo. Sou um rato muito esperto no meio de muitos gatos. Aprendi que acidentes podem acontecer se forem planejados e por isso aprendi a desarmar ratoeiras. Por isso, não vou insistir se não quiser me contar nada aqui, mas vejo que já está bem informado de muita coisa. Creio que nos veremos bastante em Edoras então.
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    Mensagem por Valentine Kampfer 9/1/2019, 20:33

    Ela ficou extremamente constrangida com o comentário feito pelo antigo professor. Estava nítido, suas bochechas coraram e ela começou a rir de nervoso.

    - Garçom! Por favor, me pode trazer esse vinho aqui - disse apontando para a foto do mesmo no menu. Tentava se controlar, mas sentia seu rosto ferver de vergonha. – Tenho amigas que estariam desmaiando ouvindo você dizer isso. – Finalmente olhou para Spencer, com um sorriso no rosto, a sensação já estava passando. – Você era o crush de todas as meninas da escola, e não venha dizer que não sabe disso. Lembro até hoje de quando fizeram um fã-clube para você. – Recordava-se das amigas de quarto que passavam as noites conversando sobre o sorriso do professor ou o tom de voz dele. – Desculpa, eu não participava.

    Pensou em quantas de suas colegas de escolas queriam estar ali no lugar dela. O que a fez pensar: Será que já houve outra aluna ali naquele papel? Talvez sim. Mas o que ela tinha com isso? Nada. Era passado. O garçom trazia o vinho e o servia, Valentine pegava a taça e erguia na intenção de brindar.

    - Que esse seja um ótimo ano! – Esperava que Matthew fizesse o mesmo para poder provar da bebida.
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    Mensagem por Matthew Spencer 9/1/2019, 21:45

    Aparentemente o comentário de Spencer deixou Kämpfer constrangida. Curiosamente, essa não fora a intenção do bruxo. Matt era conhecido por ser bem desligado e sempre acabar causando certos efeitos nas pessoas sem querer. Se lembra de várias vezes que conversava com Spiegel e o mesmo sempre se mostrava desinteressado em razão de Matt, aparentemente, estar se gabando de algum feito - embora, em alguns momentos, de fato, fazia para sacanear o outro bruxo. Outro momento icônico foi ainda em Edoras, quando tinha 16 anos e uma menina de sua casa praticamente "acendeu um farol" para mostrar que estava interessada nele, mas o mesmo nem percebeu - esse tipo de coisa se repetiu quase durante toda a vida do mesmo.

    Kämpfer então revelou algo bem interessante. Spencer tinha várias alunas fãs na turma dela em Hogwarts e chegou até a ter um fã-clube! Isso o deixou genuinamente surpreso, pois sempre acreditou ser o professor de duelos - já que só foi professor de DCAT por um ano - brincalhão de Hogwarts. Em Edoras acreditava que algo assim poderia ocorrer dado o seu status na escola, mesmo estando mais velho, mas em Hogwarts? Sentia, inclusive, que alguns nomes da escola ressentiam sua escolha por Edoras e não aprovaram sua indicação. Exceto por Dumbledore, que lhe dissera que ele teria sido um grande grifinório - casa de seu pai - certa vez.

    - Sério? - disse sorrindo de forma engraçada - Eu era popular assim? Sempre pensei que todos me achavam um bobão em Hogwarts e esse era o motivo das risadinhas na sala de aula - continuou sorrindo. Sabia que era desligado, mas nunca havia pensado que algo assim pudesse acontecer na grande escola britânica.

    Valentine também comentou que não fazia parte do fã-clube, o que o fez fazer uma cara fingida de triste.

    - Mas nunca é tarde para entrar, não? - disse Matt de forma sedutoramente engraçada - Mas eu aposto que, hoje em dia, o fã-clube entre os alunos é totalmente seu - completou indicando que ela estava na flor da idade e com a beleza no auge.

    Quando o garçom trouxe o vinho, Valentine quis fazer um brinde e Matt, sem perder tempo, aceitou. Era um momento feliz para ele e gostaria de aproveitar ao máximo em um ano que, mal havia começado, mas já estava se mostrando complicado na ausência de Powers e com pressões por todo lado em cima dele, principalmente.

    - Que seja um ótimo ano! - disse Matt batendo taças.

    Tudo poderia desmoronar amanhã, Kämpfer refletir e não querer nenhum tipo de envolvimento fora o profissional, caçadores estarem à espreita, Powers sumir pra sempre... Mas a felicidade do bruxo estava em alto hoje e ele gostaria de aproveitar.
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    Mensagem por Ash Dragunov 9/1/2019, 22:05

    O anão começou a dizer um monte de coisas relacionadas ao ambiente para mostrar que estava totalmente conectado com tudo o que ocorria ao redor. Dragunov apenas ouvia atentamente, sem retrucar nada do que foi dito. Chegando o momento certo, responde sem muitos rodeios.

    - Espero que tenha percebido também três outros caras , um de cada lado do restaurante, de olho na nossa conversa - disse tomando o último gole de sua bebida - Estavam também no bar... E no hotel... - encerrou com um olhar entediado.

    Dragunov sabia de todos que estavem vigiando os dois, afinal, ele era vigiado o tempo inteiro pelos mais diferentes tipos de pessoas. Mas havia algo naqueles três que ele não conseguia explicar ao certo. Se tivesse que apostar quem seriam os "vilões" da história em que estava interessado, apostaria nos três e não nos que estavam atrás de Bey. Certo ou errado, sabia que não poderia dizer mais nada e nem esperava que Bey dissesse algo, mesmo que soubesse. Simplesmente não era seguro.

    - Conversamos novamente amanhã, em Edoras, um lugar que ainda espero que seja um pouco mais seguro - finalizou se levantando e deixando os galeões do que havia consumido.

    É por isso que Dragunov prefere bares lotados, é muito mais fácil se passar despercebido por esses lugares do que em restaurantes chiques.
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    Mensagem por Marty Bey 10/1/2019, 01:42

    A conversa já caminhava para o seu fim. Para variar, quase nada tinha conseguido retirar de Dragunov, nenhuma historia macabra, nenhuma historia engraçada.

    "Como será que ele consegue viver tão seriamente? Quase nunca vejo ele sorrindo!"

    Felizmente Bey já estava acostumado com aquele comportamento.

    Pelo lado positivo havia conseguido uma carta, que informações será que ela continha? Se não fosse exatamente pelo mesmo respeito que tinha e lhe causava curiosidade, teria aberto a carta naquele exato momento.

    Enquanto Ash falava sobre os outros bruxos que os observavam, Bey apenas assentiu com a cabeça. Tinha notado a mesma coisa, mas como eram bruxos que não estavam o seguindo, ainda não tinha formado uma opinião completa sobre a situação.

    Por fim, ao ouvir o aviso sobre os perigos, afirmou:


    - Essa é a diferença entre nós, meu carro amigo. - Sorriu antes de se levantar. - Uma vez um homem sábio disse que a história é definida por conversas em mesas elegantes. A vida é muito curta! Não pense e aja, ou aja e depois pense. Aja duas vezes, pense duas vezes! Viva intensamente cada momento, agindo e pensando, mas principalmente... não gaste sua vida em lugares ruins, se ficar preocupando demais com os perigos que nos esperam nas sombras. Por que a verdade.... a verdade é que para homens como nós não existem lugares seguros. Nem aqui, nem em Edoras.

    Ao se levantar, completou antes de ir embora:

    - E que sábio disse isso? Eu, agora!

    E saiu deixando os galeões na mesa e fazendo sinal de aprovação ao responsável.
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    Mensagem por Valentine Kampfer 10/1/2019, 20:18

    - Não sei se seu fã-clube ainda está vivo. Vou perguntar as meninas de Edoras, talvez eu me inscreva. – Brincou.

    O brinde foi feito, a jovem bebeu um pouco do vinho e voltou a repousar a taça sobre a mesa. O silêncio se instalou entre os dois, era um constrangedor. Não queria continuar falando sobre a escola, mas era o assunto que mais tinham em comum. Não se sentia à vontade em questionar/ perguntar sobre a vida do homem. O que estava acontecendo ali, bem Valentine não havia passado por isso na outra vez.

    As pessoas, para Valentine, eram como continentes a serem descobertos. Alguns mais complicados que outro. Alguns mais pedregosos, outros eram campos abertos. Matt era um continente no qual ela não conseguia definir, em alguns momentos parecia estar totalmente aberto, outros ele já se fazia mais misterioso.

    Os pensamentos de Kampfer voaram alto, entrando em muitas outras questões que se referiam mais a ela, como se perguntar se estava preparada para aquilo, ou se estava entendendo as coisas de forma errada. Sacudiu a cabeça levemente, acordou daquela espécie de transe.


    - Te vi dormindo hoje durante sua aula. Há quanto tempo não descansa de verdade, Spencer? - Levou o copo mais uma vez a boca e tomou mais um gole.
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    Mensagem por Matthew Spencer 10/1/2019, 22:55

    Matt sorrriu com a brincadeira sobre o fã-clube agora em Edoras. Talvez realmente existisse anos atrás, mas hoje seria difícil, praticamente aos 40, Spencer já não era o mesmo de antigamente, embora ainda mantivesse uma boa aparência.

    - Eu vou ver como está o seu fã-clube também... Não adianta esconder que sou seu fã - arriscou dizer meio envergonhado. Havia perdido um pouco o jeito galanteador após quase uma vida sem fazer nada do tipo.

    O silêncio reinou após isso. Matt não sabia bem como sair do 0 à 0 naquele momento. Era como se ele estivesse, de fato, enferrujado. Lembrou-se um pouco da época de Hogwarts novamente, quando tinha cerca de 21 anos e era apenas um jovem e inexperiente professor de duelos. Conheceu uma aluna que estava em seu penúltimo ano de Hogwarts e iniciou um romance intenso, mas que acabaria de forma trágica no ano seguinte. Foi um momento interessante de sua vida. Era jovem, cheio de ambições, extrovertido e tudo o que pensava era detonar seu rival Spiegel e se dar bem na vida. Estava vivendo a primeira paixão... Que terminou com um Avada Kedrava na Batalha de Hogwarts.

    Matt acordou quando Valentine o perguntou sobre o cansaço e a última vez que descançou. Nossa, fazia tempo.

    - Posso me alongar um pouco? - disse sorrindo de forma boba como sempre - Era março de 2010... Eu estava me sentindo cansado por me comprometer mais com as tarefas da escola do que o usual, afinal, 2009 havia sido meu primeiro ano como Chefe da Finwer. Eu cheguei ao balcão do Varinha Dourada para esfriar a cabeça e pedi uma vodka de uva - continuou lembrando exatamente do momento - Spiegel estava logo ao lado no balcão... Conversamos um pouco e não pude deixar de dizer o quanto seria fácil lecionar Trato de Criaturas Mágicas - disse dando uma risada da "provocação" que fizera a Spiegel, talvez sem nem perceber - Bem, logo Nathan Crawford apareceu e foi a última vez que o vi, depois as coisas pioraram na escola, Crawford e Machaut morreram de forma misteriosa, as doenças estranhas com os alunos e... O papagaio assassino... Senti que, à partir dali, as coisas se escalaram de repente... E a escola começou a se apoiar nos meus ombros - parecia a primeira vez que Matthew abria o jogo sobre como se sentia para alguém. Se lembrou de que também havia ficado feliz por fazer as pazes com Spiegel após tantos anos, isso e o retorno de Turner ajudariam a tirar um pouco o peso somente dele.

    Spencer estava realmente precisando renovar um pouco a vida. Felizmente tinha arrumado uns otár... digo... amigos para lecionar as disciplinas que estavam o sobrecarregando, mas talvez aquilo ainda não fosse o suficiente. Ser professor-diretor era tarefa dura, entendia agora porque Powers não dava aulas, apesar de ainda não entender como ele tinha energia de sobra.

    Matt pensou em desabafar um pouco mais, mas não queria colocar esse peso em Valentine. Estavam ali em uma espécie de "date", meio "awkward", mas um "date". Então tentou se animar novamente.

    - Val... - arriscou um novo apelido tentando recuperar o Matt de 21 anos - Gostaria de saber como foi sua tragetória bruxa durante e após Hogwarts... Como deve lembrar, eu tive que deixar a escola e não pude acompanhar seu desenvolvimento - finalizou a sentença convidando a moça a falar.

    Spencer pensou que talvez estivesse estragando aquele momento não conseguindo ser quem era anteriormente. Estava, de fato, interessado em Valentine, passara o dia inteiro pensando nela, mas tinha certo receio por questões de idade e outras bobeiras que os tradicionalistas colocam no meio. Também não sabia ao certo se a situação havia sido lida de forma correta por ele, afinal, ele nunca conseguia ler uma situação romântica de forma correta.

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    Mensagem por Valentine Kampfer 11/1/2019, 16:46

    Matt desabafou sobre o cansaço, finalmente, contando um pouco sobre ele. Sempre fazendo uma gracinha, mas estava realmente desabafando. Valentine estava prestes a beber um pouco mais do vinho quando ouviu um apelido. Existia somente três pessoas que a chamavam assim: sua mãe, seu pai e seu ex-noivo. Ela lançou a Spencer um olhar de surpresa, devolveu a taça a mesa, sorriu e fingiu não ter percebido.

    - Hum... Minha trajetória... - Riu. Ela não tinha feito tanta coisa assim. – Bem, eu entrei em Hogwarts em 1996, dois anos antes da Batalha. Não foi nada novo para mim, meu pai é trouxa, mas minha mãe é bruxa e eu vivia na casa dos meus avós em Hogsmade. – Falar da batalha doeu seu coração, foi um momento difícil para todos. - Depois veio a Batalha, todo sabem o que aconteceu. Hummm, deixa eu pensar – fez silêncio por alguns minutos – Ah sim, fiz o NIEM’S e tive notas boas em 7 matérias. [– Nesse momento a jovem sorri, pois se orgulhava muito de seu resultado. - Eu continuei em Hogwarts por três anos e meio, talvez ou um pouco mais. Trabalhei com assistente da Pomona em Herbologia, e com Hagrid em Tratos de animais. Foi quando eu tive contato com Tronquilhos e comecei a estuda-los. Inclusive, tenho que retomar essa pesquisa. – Parou. Respirou fundo e riu. Estava fazendo um flashback de sua vida, relembrando memórias gostosas. – Em 2007 eu recebi uma proposta para lecionar na Durmstrang, mas não quis ir. Estava com viagem marcada para o Chile, já estava tudo planejado. Fui para o Chile, comecei uma pesquisa sobre Cava-charco .

    Omitia alguns detalhes, pois no momento não queria lembrar. Entretanto, não queria esconder nada de Spencer, se aquilo fosse o caminho do que ela acreditava ser, omissão de informações não era saudável. Decidiu então contar, de uma maneira rápida que Spencer nem se desse conta.

    - Namorei um Auror durante um tempo e quando me mudei para Argentina, ele me pediu em casamento. Não durou muito, talvez uns dois anos. Enfim, vim para Argentina tentando saber mais sobre os Cava-charco e consegui um total de zero coisas. Soube então que em alguns lugares do Brasil teria mais sucesso. E foi isso que fiz. – Parou de falar um pouco para notar a reação de Matt. - Recebi outra proposta da Durmstrang e de Edoras. Bem. É isso. - Respirou fundo mais uma vez, observou o garçom que trazia o pedido do casal. Temia que fosse ficar cair no silêncio mais uma vez. – Eu tenho uma curiosidade até hoje. Como você soube de mim? Digo, para me mandar a carta sobre o cargo? Eu tenho poucos artigos, duas pesquisas incompletas. Durmstrang, entendo o motivo de insistir, um favor para um grande aluno. Mas, Edoras... Fiquei, surpresa.  
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    Mensagem por Matthew Spencer 11/1/2019, 21:47

    Matt notou que Valentine havia ficado surpresa com sua tentativa de chama-la de forma mais carinhosa. Logo ela começou a contar um pouco de sua tragetória e o diretor inteirino começou a prestar a atenção. Engraçado que ele havia perdido a preocupação com os outros dois no restauranete e nem notara que ele haviam saído há algum tempo.

    Tomando uns goles do vinho, descobriu algumas coisas interessantes sobre a moça naquele momento, como que ela vivia com os avós em Hogsmeade. "Nossa, deveria ser uma vida interessante", pensava ele, afinal, o pequeno tempo que passara na vila bruxa havia sido sensacional. Outro ponto que o chamou a atenção foi o fato dela ter estudado com Hagrid sobre animais mágicos, algo em comum com Matthew, que havia sido professor de Trato de Criaturas Mágicas em Beaxubattons. Sobre suas notas, Matt não se surpreendeu, pois sempre soube que Kämpfer era uma aluna dedicada.

    Agora, algo bem surpreendente foi saber sobre o namoro dela, que aparentemente poderia ter sido casamento, com um Auror, o que fez Matt lançar um olhar surpreso. Pessoalmente, Matt detestava os figurões do Ministério da Magia Britânico e seus lacaios (Aurores). Claro que essa sua visão era de uma época diferente, quando o Ministério era muito mais corrupto nos anos 90. Também era importante destacar que seu pai fora um Auror, mas Matt sequer conseguia associar o cargo a pessoa, pois quando ele ainda era criança, o senhor Spencer havia deixado o posto, como um herói de guerra, para morar no Brasil.

    De qualquer forma, ele não se importou muito e achou que seria deselegante falar algo sobre, pois todos tem seus relacionamentos passados e isso não deve interferir nos novos. Ouviu também sobre as pesquisas da professora, parte que já conhecia um pouco, o que influenciou no processo seletivo para que ela fosse preferida ao invés dos demais candidatos. Curiosamente, ela fez uma pergunta relacionada a isso logo depois.

    - Hohoho - disse Matt de forma engraçada - Esse foi um assunto quente na época - continuou bebendo mais um pouco do vinho antes de seguir - Gymotus anunciou cedo que gostaria de se aposentar e queria um pupilo dele em seu lugar - pausou novamente e olhou para ela com um olhar meio bobão de pseudo-surpresa - Mas Powers e eu sabíamos que, embora Gymotus fosse um grande professor, seus métodos já estavam precisando de atualização - fez um sinal como se o pupilo de Gymotus fosse ser mais do mesmo - O desejo de ser progressista, aliás, era apoiado por Machaut, diretor de minha época e vice-diretor até 2010. Ele tinha planos para criar uma matéria relacionada à composição de feitiços - continuou Matt fazendo uma expressão de surpresa, a mesma que ele fez na época ao descobrir que Machaut não era de todo tradicionalista - Você era uma candidata jovem, interessada em pesquisa, em descobrir novos métodos de aprendizagem, com boa formação, boas indicações e boas notas... Simplesmente pensamos: Por que não dar uma chance? - completou após tanta contextualização - O candidato de Gymotus era bom, mas seria apenas ficar na mesma, você era um passo em direção ao futuro - finalizou. Lembra-se de ter pesquisado diversos especialistas em Herbologia, mas todos pareciam amarrar suas bases ao ensino tradicional. Kämpfer chamou sua atenção por parecer pensar diferente, fora da caixa, e talvez por ainda estar na sua memória, mesmo que inconscientemente.

    Quando o garçom chegou com o pedido, Matt torceu para não ser algo bizarro demais e estragar a noite, mas não deu tempo de pensar muito, pois, aparentemente, assim como Valentine, não queria deixar o assunto morrer e pôs se a falar novamente.

    - Existe algo que queira saber sobre mim? Minha tragetória? Origens? Acho justo que você saiba tanto sobre mim quanto sei de você - disse sorrindo para a moça. Ele adorava contar histórias e seria um prazer contar para ela sobre sua vida até aquele momento, embora tentasse não transformar o jantar em algo somente ao redor dele.

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    Mensagem por Valentine Kampfer 12/1/2019, 19:15

    Então ela era algo novo no meio do tradicional. Quando planejou o método de ensino, Valentine se colocou no lugar das crianças. Sim, crianças e não alunos! Todos possuem 11 anos, a escola já é um fardo, até mesmo no mundo bruxo. Escolas sempre foram um tipo de prisão para as pessoas em geral. Um grande filósofo trouxa fez essa comparação em um de seus livros, o que fazia Valentine sempre pensar em como tornar as coisas melhores e mais atrativas.

    - Engraçado. Eu tenho uma opinião sobre isso. Não se ofenda, mas... Se eu sou um passo para o futuro, como você diz, por que só eu devo entrar com novos métodos. Por que os outros professores também não se reinventam, tentam sair do tradicional e adaptar a aula a seus alunos. Somos uma equipe e não vai funcionar se só um remar até a ilha. – Algumas vezes a sinceridade de Valentine atrapalhava as coisas. Talvez aquele não era o momento para que ela fizesse sua crítica. – Enfim, não viemos falar disso. Talvez numa reunião entre os professores.

    Matt ignorou algumas informações que ela havia dado, estava aliviada por isso. Spencer então sugeriu que fosse a hora dela fazer perguntas sobre ele. Porém, você só conhece verdadeiramente uma pessoa quando convive com ela.

    - Me diga o que acha necessário que eu saiba. - A mulher sentia seu rosto vermelho, culpa do vinho. Agora se lembrou porque quase nunca bebia vinho. Não estava bêbada, seria preciso muito mais que uma taça de vinho para isso. – Sinta-se à vontade para me perguntar mais alguma coisa também. Sei que fiz um resumo da minha vida. Faça o mesmo aí.

    O garçom começou a servir as comidas que estavam em bandejas cobertas. Kampfer sentia um misto de curiosidade e nervosismo. O que será que havia nas bandejas?
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    Mensagem por Matthew Spencer 12/1/2019, 23:56

    Matt ouviu a crítica de Valentine com certa atenção. De certa forma ela tinha razão quando dizia que não aidantaria muito se só ela começasse a utilizar novos métodos. Por outro lado, Matt acreditava que a escola passava por um período de transição entre o corpo docente mais antigo para um muito mais novo, o que traria diversas transformações na escola. Dessa forma, a mudança não poderia ser tão abrupta até para não confundir tanto os alunos. Ele e Spiegel, há algum tempo, já testavam outros métodos de ensino e davam força para a possibilidade de uma mudança geral na escola, como o próprio Powers desejava.


    - Bem, de fato, sua crítica é relevante - disse Matt coçando a cabeça - Entretanto, não podemos forçar uma mudança tão abrupta assim, visto que os alunos estão muito acostumados com a metodologia mais tradicional - continuou bebendo um pouco de vinho para molhar a garganta - Também não podemos forçar professores já mais velhos e que lecionam há anos a mudar seu estilo em nome de uma revolução educacional - pausou novamente para mais um gole, seu olhar era como qualquer outro, sem tentar com que aquilo fosse um sermão - Acho que com jeito, poderemos ir mudando aos poucos a metodologia da escola, sem prejudicar os alunos ou "afrontar" os professores mais experientes - finalizou o discurso fazendo uma cara engraçada e gestos com as mãos ao dizer "afrontar" - Mas sim, podemos discutir isso em reuniões futuras, principalmente agora que Scalare se foi - disse brincando em referência a um dos professores mais antigos.

    De qualquer forma, ele não se importou muito e achou que seria deselegante falar algo sobre, pois todos tem seus relacionamentos passados e isso não deve interferir nos novos. Ouviu também sobre as pesquisas da professora, parte que já conhecia um pouco, o que influenciou no processo seletivo para que ela fosse preferida ao invés dos demais candidatos. Curiosamente, ela fez uma pergunta relacionada a isso logo depois.

    - Bem, senta que lá vem história... - Matt respirou fundo - Eu filho de um dos heróis da primeira batalha contra Aquele que Não Deve ser Nomeado... Cresci em diversos países da Europa com meus pais sempre em fuga em meio à guerra e depois no Brasil onde criei minhas raízes - continuou pausando para pensar no que dizer à seguir - Em 1987 escolhi Edoras pelas raízes com o Brasil e... Bem, fui um bom aluno, com boas notas e me destacando bastante durante os 5 anos por aqui - finalizou a passagem por Edoras sem entrar em tantos detalhes, imaginou que, se Kämpfer quisesse saber mais, poderia perguntar livremente - Depois, em 1992, fui convidado por Dumbledore para um período de aprendizagem em Hogwarts. Ele confiava no meu potencial e queria que eu exercesse alguma função na escola no futuro, fui meio que um aluno extra-oficial da Grifinória, casa de meu pai, embora eu tenha passado esse período mais ejm uma espécie de estágio com os professores... Estudei de tudo um pouco e notei que simplesmente adorava Feitiços e Defesa Contra as Artes das Trevas, fora o Trato de Criaturas Mágicas - fez uma cara de fascinado antes de seguir - Em 1995 eu me tornei "professor" de duelos e foi um período conturbado... Primeiro Dolores Umbridge me impedia de atuar, depois aquele ano terrível em que Alvo faleceu e, por fim, o ano da Batalha de Hogwarts... - evitei falar sobre a batalha, mas achou injusto se pulasse uma parte - Nesse período tive uma namorada... Ela tinha 17 anbos e também era uma aluna da Lufa-Lufa e... Com tanta tensão rondando a escola, conseguíamos passar despercebidos, ou pelo menos achávamos que conseguíamos... Ela... Err... Morreu na Batalha - quase chorou no momento, mas se recompôs rapidamente - Depois, como sabe, fui professor de DCAT por um ano... Acabei deixando o cargo por conta de uma doença de meu pai que veio a falecer tempos depois - disse em um pequeno lamento. Seu pai era sua referência e foi difícil perdê-lo - Viajei pelo mundo para esfriar a cabeça durante um ano... Descobri muitas coisas nesse período e evolui muito como bruxo para em... 2001, voltar como professor de Trato de Criaturas Mágicas em Beauxbattons - disse meio pensativo - Acho que acabou... Anos depois, acho que em 2006, voltei para Edoras como professor de Feitiços e cá estou, tendo, em 2009, me tornado chefe de minha antiga casa, quando Gymotus resignou para ter mais tempo para a família - lembrou-se com os olhos brilhando, afinal, foi incrível se tornar chefe de sua casa. Finalizou torcendo para que Kämpfer não estivesse dormindo.

    Matt pensou no que ela dissera sobre o que mais ele gostaria de saber sobre ela, mas não queria tornar aquele encontro em um interrogatório. Entretanto, quis fazer um comentário.

    - Temos em comum a experiência com o trato de criaturas mágicas - disse dando risadas - Mas não quero muito mais saber do passado agora e sim do presente... - fez uns gestos com as mãos engraçado, do tipo, eu e você, aqui e agora.

    Matt foi simpático e sorriu para Valentine diversas vezes durante o "flashback". Sabia que, caso quisesse que algo desse certo entre os dois, teria que ser sincero e não esconder nada, então, preferiu fazer logo um resumo de sua vida de uma vez e por isso se alongou no assunto.

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    Mensagem por Valentine Kampfer 13/1/2019, 18:26

    Valentine ouvia atentamente Spencer contar sobre sua vida. Quando ouviu o nome de Dolores sentiu um frio na espinha e ao mesmo tempo uma raiva. O clima ficou pesado quando Matt falou do demônio Umbridge e só piorou quando contou sobre a morte da namorada e do pai. Observou como ele ficou abalado, dolorido, e ela entendia. Logo o homem volta a sorrir e arranca um sorriso da jovem.

    -Acho que você estava destinado a ser meu professor em algum momento da vida. Eu recebi cartas para a Beauxbatons, minha mãe queria muito que eu fosse para lá. Disse que as meninas possuem classe. – Matt comenta sobre a matéria que possuem em comum e brinca sobre o presente, o que faz Valentine rir e desviar o olhar – Adoraria um dia lecionar Trato de criaturas mágicas, mas acho que tenho muita coisa para estudar ainda. Sobre o presente, ainda bem que alguns caminhos sempre voltam a se cruzar, não é mesmo?

    O garçom pôs os pratos na mesa e retirou a tampa que os cobria. Para a surpresa da professora, era algo que ela adorava e que não comia há algum tempo. Ratatouille é um prato típico da França e apesar de simples, poucas pessoas sabiam fazer um saboroso.

    - Bon appétit! - Disse tentando imitar o sotaque Francês. Deu uma garfada na comida e levou a boca. Fechou os olhos enquanto sentia o tempero dos legumes. – Magnifico. Havia muito tempo que eu não comia um Ratatouille tão gostoso assim. Talvez na casa de vovó, mas isso já tem tempo. - Continuou a comer. Estava feliz, se sentia bem com a companhia do homem a sua frente, isso refletia em seu olhar, seus olhos azuis brilhavam.

    Matt reacendia em Valentine sensações que estavam adormecidas, que ela tinha medo de nunca mais sentir. Sua mente havia criado obstáculos para seu coração nunca mais sofrer. Achava que nunca estaria pronta para relacionamentos novamente, mas sabia que deveria dar uma nova chance. Será que Matthew estaria disposto a enfrentar os impasses? Aliás, ele também deve ter seus impasses e será que ela estava preparada para enfrenta-los?

    As dores eram distintas, mas cada uma deixou uma marca no coração. Uma ferida que provavelmente doía em alguns momentos e que com certeza iria ser como um fantasma.


    - Inclusive, acho que tenho a receita e posso fazer para você qualquer dia desses. O que acha?
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    Mensagem por Matthew Spencer 13/1/2019, 21:39

    Matthew sorriu quando Valentine especulou que ele estaria destinado a ser professor dela. O diretor interino acreditava que a então menina Kämpfer teria, de fato, combinado com Beauxbattons.

    - De fato, sua mãe tinha razão - disse continuando com o sorriso - Acho que você teria se dado muito bem por lá também - continuou sorrindo. De fato era o que achava, Valentine tinha uma beleza peculiar desde menina.

    A moça também comentou que gostaria de dar aulas de Trato de Criaturas Mágicas um dia, mas que teria que estudar muito ainda para isso.

    - Bem, se você quiser, posso te indicar alguns livros... Conheci vários na época de Beauxbattons - disse Matt que, realmente, gostava muito da matéria e havia aprendido bastante na época de Beauxbattons. Foi uma pena ter que dar o cargo a Bey, mas foi o melhor a se fazer no final de tudo, estava muito fatigado para continuar nesse ritmo frenético - Sim, fico feliz que os nossos se cruzaram novamente... Está sendo uma ótima noite para mim e espero que esteja sendo para você - disse quando ela respondeu sua pergunta sobre o presente. Fazia tempo que Matt não se divertia em uma noite como aquela, certo que eles começaram meio lentos e tímidos, mas agora as coisas estavam fluindo e isso era muito legal, parecia um novo universo a se explorar.

    Quando o garçom colocou os pratos na mesa e retirou a tampa, Matt achou curiosa a escolha como especialidade da casa, mas não poderia dizer que estava decepcionado. Quando Valentine imitou o sotaque francês, tinha certeza que ela havia gostado. Matt fez uma cara de "Ufa", mas logo voltou ao normal para não levantar suspeitas, afinal, foi um baita chute dele a escolha, não conhecia nada do Don Peputi. Lembraria de, na próxima, perguntar a Bey, embora também não fosse uma ideia tão boa, visto que o anão era extremamente excêntrico e seus pratos preferidos também deveriam ser.

    - Muito bom mesmo, creio que tenha sido uma ótima escolha - disse sendo sincero. Aparentemente capricharam no prato para o diretor interino e a professora.

    Matt estava aproveitando muito a noite de fato. Imaginou que pessoas maldosas diriam bobagens na imprensa no dia seguinte - afinal, certamente, muitas pessoas da imprensa brasileira frequentavam o Don Peputi -, que Valentine estava interessada no dinheiro da família Spencer, ou que Matt deveria escolher uma namorada compatível com sua idade, mas ele nem ligava para essas bobagens. A imprensa já falara muita coisa sobre ele e sobre a escola o que o fizera aprender, com o tempo, a ignorar o que todos eles diziam.

    Quando Valentine mencionou sobre cozinhar a receita da avó para ele um dia mais um sorriso surgiu em seu rosto.

    - Então quer dizer que você também é chef? Versátil - disse em um aplauso sincero, mas engraçado, como sempre - Adoraria... Já cozinhei bastante nessa vida e seria ótimo provar receitas diferentes... Tenho certeza que a da sua querida avó não vai me decepcionar - terminou.

    Como passou a maior parte da vida morando sozinho, Matt, de fato, sabia cozinhar até bem. Lembrou que quando começou havia feito muitas bobagens, como queimar arroz, mas logo pegou o jeito e foi se tornando melhor. Spencer sempre se esforçava para ser o melhor em tudo o que praticava e isso não seria diferente na cozinha, até por essa razão se tornou um bruxo tão generalista.
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    Mensagem por Valentine Kampfer 14/1/2019, 19:54

    - Não diga isso, Matthew.  Eu já tenho livros demais na minha lista e se você oferecer mais de uma vez eu vou aceitar. E então meus dias vão ser divididos em dar aula e estudar.  Não que já não seja assim... – Tomou mais um pouco de vinho antes de dar mais uma garfada. Podia ter dito ao homem que também estava gostando muito da noite, mas preferiu fazer mistério.

    Kampfer morava sozinha a oito anos, mas começou a aprender a cozinhar desde cedo com a avó. Quando foi morar sozinha, foi pratico pra ela, apesar de odiar fazer comida para uma única pessoa. Logo, quase não coloca seus dotes em prática, pois muitas vezes opta por comer coisas mais leves como saladas.

    - Atualmente eu tenho focado em aprender comidas Brasileiras, mas é um pouco chato fazer qualquer coisa só pra mim. – Sorria enquanto falava. Ela realmente estava gostando daquele “encontro”. Limpou a boca com o guardanapo e o pôs na mesa. – Qual você acha que vai ser o nome da manchete no jornal amanhã? – Disse rindo.

    Ela havia percebido os olhares curiosos e interesseiros desde o momento que chegara no local com o professor. Estava ciente que ele era uma figura importante por ali, estranharia se não aparecesse nenhum jornalista.  Felizmente, Valentine não ligava para aquilo, muito menos para fama ou dinheiro.


    - Continuando o assunto, eu faço ótimos bolos. Disso posso me gabar. – Ficou em silêncio por um tempo observando Matt. -  Eu sei que não terminamos esse... - parou de falar, procurava uma palavra que não fosse “encontro”, não entendia o motivo, mas estava com medo da palavra. – ... isso aqui, mas podemos fazer algum passeio, ou qualquer outra coisa no dia em que você tiver tempo. Eu sei que a vida de diretor- professor é complicada, atarefada. Porém, quando você estiver muito estressado, cansado, sei lá ou só querendo conversar, podíamos fazer algo.

    Toda aquela timidez que havia sumido, volta depois das palavras ditas. Valentine abaixa o olhar, respira fundo tensa, desvia o olhar para o copo de vinho e se arrepende de não ter bebido mais antes de fazer aquela proposta/sugestão. Talvez tivesse ido rápido demais, talvez Matt estivesse apenas sendo educado e não fosse querer dar continuidade aquilo. Depois de seu último relacionamento- e único- a professora ficou mais insegura do que já era.

    Desejou não ter dito aquilo.
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    Mensagem por Matthew Spencer 14/1/2019, 22:54

    Matthew achou graça do comentário de Valentine sobre os livros. Dessa forma então, ele tinha outra proposta que poderia ser melhor ainda. Já que não iria dar aula de Trato de Criaturas Mágicas para os alunos, poderia dar aulas para Valentine.

    - Bem, não vou ser mais o professor da matéria, mas posso te dar algumas aulas se achar melhor - disse meio que em tom de brincadeira após mais uma garfada no ratatouille.

    Kämpfer também falou sobre culinária, principalmente a brasileira, que estava focando em aprender no momento. Interessante que, por ser radicado no Brasil, era basicamente a culinária que Spencer conhecia. Na época em que morou na França, começou a aprender um pouco sobre a do país europeu, mas não se deu lá muito bem.

    - Legal, isso é algo que posso te ajudar também, se quiser, pois entendo um pouco... E como bônus, você não estará sozinha - disse Matt falando sobre a culinária brasileira e dando algumas risadas de seus comentários abusdos.

    O diretor interino chegou a imaginar como seriam as coisas se tivesse ficado na França. Será que conseguiria se aprimorar na culinária francesa? Nunca saberia, mas era algo que o intrigava no mento. Ao menos até onde ele foi, era bem complicado de se seguir e acabou voltando para o clássico arroz com feijão.

    Valentine o trouxe de volta à Terra quando falou sobre a manchete do jornal do dia seguinte. Engraçado que ele havia pensado um pouco sobre isso anteriormente, mas tinha ficado com um pouco de vergonha de comentar sobre. Terminou uma taça de vinho que estava enrolando para beber antes de responder e respirou fundo.

    - Bem, acho que os jornais britânicos dirão: "Professora irlandesa está interessada na herança de Spencer pai, herói inglês", já os tabloides de fofoca dirão: "Spencer deveria encontrar uma mulher de sua idade para ter um encontro"... Ou bobagens similares - disse torcendo para que KLämpfer não levasse a mal. Mas o curioso era que ele não havia ficado com um centavo de herança da família de seu pai, principalmente por sua mãe ainda ser viva e o fato dele ter pouco interesse mesmo, afinal, era bem feliz vivendo em Edoras e pouco gastava dinheiro, ficando a maior parte no banco bruxo de Verdello.

    Matt esperava que, pelo menos no Brasil, os jornalistas batessem mais nele do que em Valentine. Afinal, ele já era acusado, por especuladores, é claro, de não seguir a orientação do Conselho Mágico Brasileiro e assumir de vez a direção da escola. Parte do conselho, realmente, apoiava essa ideia, de que Matt deveria ser o novo diretor e Powers, estrangeiro, ser meio que "demitido" por abandono de cargo. Entretanto, Antonio Forte, que era o Prócer do conselho, ainda estava ao lado de Powers, imaginando que ele estivesse fora por algo realmente importante. De qualquer forma, Spencer não acreditava que sairia totalmente ileso de todos os acontecimentos, exceto se Powers aparecesse com algo grande.

    Voltou novamente quando Valentine começou a falar sobre seus bolos. Matt chegou um pouco mais perto quando ela começou a dizer, mostrando certo interesse na especialidade da professora de Herbologia. O bruxo notou que ela ficara engasgada em uma certa palavra que ele também relutava em dizer, mas, de forma até surpreendente, ela terminou a frase muito bem, o que fez Matt abrir um sorriso surpreso. Parece que ambos estavam bem alinhados naquele dia.

    - Adorei a ideia Val... - disse voltando a ficar animado e tentando quebrar o constrangimento da moça - A vida naquela sala, com aquela coruja louca, é bem monocromática, seria mesmo legal se você me tirasse um pouco de lá para dar mais cor a essa vida - disse com aquele velho charme cômico de sempre e rindo um pouco.

    Spencer achou o máximo ser diretor de Edoras, mas, ficar  o tempo todo ali, cheio de papéis consumia muito tempo. Provavelmente ele ficaria mais livre agora que não estava com tantas matérias, e adoraria utilizar parte desse tempo com Kämpfer. Aparentemente, ele não tinha lido a situação de forma incorreta.
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    Mensagem por Valentine Kampfer 15/1/2019, 20:16

    -Não, não se preocupa com isso Matt, mas eu quero que você descanse e não que se comprometa com mais coisas. Vou adorar sua companhia e quem sabe uma vez ou outra você me ensina um pouco da culinária brasileira. Eu não quero dar mais trabalho, você já deve ter muita coisa para fazer. – Valentine reconhecia o quão importante e trabalhoso era o cargo de Spencer e se sentiria mal de dar mais trabalho ao moço. Percebeu que ele tentou se aproximar, no fundo ela queria fazer o mesmo, não o fez justamente para não sair na capa dos jornais de Verdello no dia seguinte. – Então estamos combinados assim, quando se sentir cansado, apareça lá em casa.

    Sorria, queria dizer para ele fazer da casa dela um refúgio, uma rota de fuga. A professora só se lembrou da diferença entre idades, quando Spencer citou. Até então, eles falaram da época de escola dela, idade foi algo que pareceu despercebido. Porém, o que aquilo influenciava? Idade era só um número e não dizia nada a ela.

    Em seu terceiro ano em Hogwarts, Valentine teve uma quedinha por um menino do time de quadribol da Corvinal, ele era do sétimo ano, mas tinha a mentalidade de uma criança de 10 anos. Seu ex noivo também não escapava, quando queria fazer algum tipo de birra, virava um neném de três anos. Ela conheceu muita gente nova e sábia, assim como muita gente velha e que não havia cultivado sabedoria nenhuma na vida.

    Estava imaginando o que seus pais iriam dizer. Quer dizer, sua mãe. O pai de Valentine não ligava para o mundo bruxo, então se falasse qualquer coisa com ele, iria ouvir “Ah, que legal.” Mas sua mãe... Ah, essa ainda se lamentava pelo término do noivado, certamente não iria aceitar Matthew de primeira, iria criar uma resistência.

    O mais engraçado nisso é: enquanto a mãe de Valentine amava o genro, a sogra odiava a jovem. E passou a odiar mais ainda quando descobriu que ela era mestiça. Lembrar da mãe, da sogra, fez a moça perceber que Spencer falou em seu pai, mas ainda não tinha falado sobre sua mãe.


    - Matt, você falou de seu pai com muito orgulho, e sua mãe? Bem, eu sei que também não falei dos meus pais, mas... Não sei, fiquei curiosa. - Se ajeitou na cadeira, ficando, sem perceber, mas próxima do Diretor. - Então, eu falo dos meus pais. Papai é trouxa, não gosta muito do mundo bruxo, é advogado e odiou o fato de eu ter vindo para a América do sul. Mamãe é bruxa, ama seu mundo, por ela vivia no mundo bruxo, mas ela respeita muito papai e sabe que ele não se daria bem. Parte do meu conhecimento de Herbologia vem dela e de vovó. – Suspirou. Só percebeu que estava com saudades de casa quando começou a falar deles. – Bem, é isso.

    Riu, pensou em dizer “Mamãe vai adorar conhecer você.”, Mas seria mentira. Seus avós sim, seu pai também.
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    Mensagem por Matthew Spencer 15/1/2019, 23:59

    Matt achou "fofinho" o fato de Valentine se preocupar com seu descanço e não pôde deixar de sorrir. De fato, como já tinha pensado nas últimas semanas, era complicado lidar com o cargo de diretor e dar aulas ao mesmo tempo. Com disciplinas a mais como vinha fazendo desde o ano anterior, era praticamente impossível ter pique para mais alguma coisa. Entretanto, ele realmente acreditava que ficaria mais livre ao ponto de passar mais tempo com atividades que menos demandavam dele agora que passara duas matérias para outros professores.

    Sobre a casa da moça, o bruxo achava a construção de Valentine muito interessante e, aparentemenre, relaxante. Parecia um dos lugares mais agradáveis no terreno do castelo e seria ótimo passar um ou dois dias lá quando estivesse com o tempo livre.

    - Tudo bem, estamos combinados - disse levantando a mão como se estivesse jurando - Quando Powers retornar combinamos melhor seu aprendizado de Trato de Criaturas Mágicas, afinal, vou estar com tempo sobrando para isso - disse dando umas risadas de leve.

    Spencer já pensava um pouco sobre isso. Era ótimo ser diretor interino, mas fazer isso e dar aulas era complicado e ele ainda não se via abandonando o cargo de professor. Fora que sentia saudades de seu tempo livre para fazer o que desejava, desde aporrinhar Spiegel, ou dar um passeio pelos arredores, ou conversar com os outros professores, ou, agora, passar um tempo com a professora Kämpfer. Especialmente, gostaria muito de cultivar esse relacionamento que ainda estava desabrochando, sentia que ele poderia ir longe e ser algo que nunca teve em sua vida.

    Pouco depois, Valentine o perguntou sobre sua mãe. Spencer não pensou muito para responder essa, pois ainda mantinha um bom relacionamento com sua mãe, apesar dela não gostar do fato dele renunciar a herança do pai. Fato era que a perda de seu pai o afetou bastante e isso acabou os afastando.

    - Quase ninguém me pergunta sobre minha mãe... Ana Maria - disse pensativo - Mas ela é muito importante e, felizmente, temos um bom relacionamento. Elas nasceu aqui no Brasil, mas é descendente de austríacos... Engraçado que eu nasci na Áustria - disse rindo um pouco, pois sabia pouco do país - Meiyer é o sobrenome de solteira dela... Bem, ela nasceu trouxa e recebeu uma carta de Hogwarts, sendo selecionada também para a Grifinória, como meu pai - continuou pensativo, imaginando se não se esquecera de nada importante - Acho que ela gostaria de você - sorriu de forma boba pela milésima vez na noite.

    Matt refletiu um pouco. Sentia saudades de sua mãe e seria interessante visitá-la com mais frequencia de tempos em tempos. Pela primeira vez, imaginou que algo trágico poderia acontecer a ela, o que faria com que ele tivesse perdido seus pais após anos e anos longe deles.

    Apesar disso, Matt preferiu se focar mais em Valentine e depois pensar em visitar sua mãe. Depois dessa reflexão, ele certamente faria. Quem sabe não levasse Valentine junto?

    Valentine Kampfer
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    Mensagem por Valentine Kampfer 16/1/2019, 20:16

    Quando Powers voltar.... E se ele não voltasse, o que Matthew Spencer iria fazer? Valentine sentiu que, assim como ela, o homem também estava saudoso. Morar sozinha era ótimo, ter sua própria casa também, mas às vezes sentia falta de chegar em casa e ver a família por perto. Sorriu mais uma vez para Matt, o pseudo-casal pareciam dois adolescentes. Não, não, os adolescentes são mais ágeis que eles. Pareciam duas crianças bobas que não sabiam o que fazer, nem como agir.

    Valentine continuou sua refeição enquanto ouvia Matt falar sobre a mãe. Ele era bem mais interessante do que aparentava. Durante a época de suas aulas, Kampfer não o admirava pela beleza ou galanteios, mas sim pela inteligência. Eles estavam em sintonia e acabaram por esquecer da hora. A professora de Herbologia olhou para o relógio ao fundo do restaurante e percebeu que já estavam muito tempo ali.


    - Matthew, sei que o papo está bom, mas podíamos continua-lo em Edoras, não acha? Já está quase na hora do último barco. - Apontou para o relógio.
    Estava de verdade preocupada com a hora, mas também não queria que aquela noite acabasse. Há muito não se divertia assim, não passava um tempo rindo, descobrindo outra pessoa. Não fazia idéia de como seria as coisas no dia seguinte, mas naquele momento ela estava feliz.


    -Obrigada pela noite Matt, você é uma ótima companhia. - Esticou uma das mãos até a mão mais próxima do homem. -Obrigada.
    Matthew Spencer
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    Mensagem por Matthew Spencer 16/1/2019, 21:40

    Matt estava se divertindo bastante que ficou até meio triste quando Valentine comentou sobre ir embora. Era uma situação muito interesse para quem nem havia imaginado tudo aquilo ao acordar naquele dia pós cerimônia de abertura. Sua relação com a Professora de Herbologia sempre havia sido completamente profissional... Bem, claro que, pelos idos de 2013, Matt deve ter brincado alguma vez que a professora estava muito bem de aparência, mas nunca foi algo que poderia ser considerado uma cantada e sim apenas um elogio entre co-workers.

    Adicionalmente, Spencer sempre achara Valentine uma mulher muito bonita, mas nunca imaginou que um dia estaria ali jantando com ela. Na realidade, ele não imaginava mais nenhum relacionamento há muito tempo.

    De qualquer forma, era hora de ir, afinal, Kämpfer tinha razão. Estava tarde e ele, como diretor, não deveria ficar até tão tarde em Verdello sem avisar Spiegel ou Turner, que poderiam ser tratados como vice-diretores em razão de serem diretores de casas. O cargo de vice-diretor que pertencia a Matt, aliás, estava vago desde que Powers desaparecera. Não havia um vice-diretor interino no momento.

    - Você tem razão, não seria prudente ficar fora por tanto tempo - disse pensando em se levanter quando viu a mão de Valentine sobre a sua, além do agradecimento - Eu que agradeço, tornou meu dia muito mais feliz hoje - finalizou sorrindo. Pressionado como estava, era muito bom termo mentos leves como aquele.

    Spencer retirou alguns galeões do bolso que, aparentemente dariam para cobrir os gastos no restaurante. Acreditava que era o mínimo que poderia fazer, afinal, a ideia havia sido de Valentine. Fora que, ele não precisava muito de dinheiro mesmo, então, não seria nenhum problema arcar com os custos.

    Após isso, ambos saíram do restaurante rumo ao porto de Verdello.

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